O Sindicato da Saúde de Sorocaba e Região (Sinsaúde) notificou a Organização Social (OS) Avante Social e a Prefeitura de Votorantim devido ao atraso no pagamento dos salários dos funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central. Os valores, que deveriam ter sido depositados até o último quinto dia útil, permanecem pendentes. Caso a situação não seja regularizada em até 72 horas após a notificação, os trabalhadores poderão suspender as atividades.
A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite de ontem (9), com participação de trabalhadores e representantes do sindicato. Além disso, uma reunião similar ocorreu com os funcionários da Unidade Pré-Hospitalar (UPH) Zona Norte, em Sorocaba, onde a situação apresenta problemas semelhantes.
Atrasos e falta de repasse
Pablo Pistila, vice-presidente do Sinsaúde, afirmou que a OS Avante Social atribuiu os atrasos à falta de repasses da Prefeitura de Votorantim, que, segundo relatos, não realiza os pagamentos há cerca de dois meses. “Essa é uma unidade que atende muitas pessoas em Votorantim, e a falta de pagamento impacta diretamente tanto os trabalhadores quanto a população. É necessário que o poder público e a empresa se reúnam para resolver isso”, ressaltou Pistila.
Além do atraso salarial, os trabalhadores denunciam que há cerca de seis meses não são realizados os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Situação em Sorocaba
Na UPH Zona Norte, em Sorocaba, os trabalhadores enfrentaram um cenário semelhante. Embora os salários atrasados tenham sido pagos após intervenção do sindicato, Pistila informou que o repasse realizado pela prefeitura à OS foi apenas parcial, e os problemas relacionados ao FGTS, atrasado desde junho de 2024, continuam sem solução.
Outras denúncias
Além dos atrasos financeiros, os funcionários da UPH Zona Norte relataram outras dificuldades durante a assembleia. Entre as queixas estão a falta de materiais básicos, como gazes e ataduras, a precariedade de equipamentos, macas quebradas e até a presença de baratas na unidade. Os profissionais também apontaram a falta de segurança como um problema crítico, pedindo a contratação de guardas municipais ou vigilantes para proteger trabalhadores e pacientes.
Esclarecimentos das autoridades
A Prefeitura de Votorantim reconheceu o atraso no pagamento, informado oficialmente na última quinta-feira (9), e declarou que está adotando medidas administrativas e jurídicas para resolver a situação. Em nota, o governo municipal destacou que busca evitar que os atendimentos à população sejam prejudicados.
Já a Prefeitura de Sorocaba não se manifestou sobre a situação até o momento desta publicação.
O Sinsaúde continua acompanhando os desdobramentos e não descarta a possibilidade de novas mobilizações caso os problemas persistam.
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