Após longa discussão, vereadores de Sorocaba aprovam novo empréstimo de quase R$ 1 bilhão

Em uma sessão extraordinária realizada nesta sexta-feira (3), a Câmara Municipal de Sorocaba (SP) aprovou, em primeira discussão, um projeto de lei que autoriza a prefeitura a contrair um empréstimo de US$ 150 milhões, o equivalente a mais de R$ 925 milhões. A votação terminou com 23 votos favoráveis e apenas dois contrários.

O debate entre os vereadores se estendeu por mais de três horas e resultou na aprovação de uma emenda que obriga a prefeitura a fornecer detalhes à Câmara sobre cada fase do empréstimo, dividido em quatro partes. O projeto permite que a administração municipal realize operações de crédito com instituições financeiras tanto nacionais quanto internacionais, com ou sem o aval da União.

De acordo com o plano apresentado, o montante será distribuído da seguinte forma: dois empréstimos de US$ 66 milhões, um de US$ 10 milhões e outro de US$ 8 milhões. Segundo a justificativa do executivo municipal, os recursos serão destinados a projetos voltados para infraestrutura e mobilidade urbana, drenagem e saneamento, enfrentamento das mudanças climáticas, inovação e tecnologia, além da modernização da gestão administrativa e dos serviços públicos.

A prefeitura destacou que os valores são estimativas preliminares e que ainda passarão por estudos técnicos e orçamentários para confirmação. “Essa iniciativa está alinhada aos interesses públicos, buscando atender às crescentes demandas do município com eficiência administrativa, sustentabilidade e respeito à legislação aplicável”, afirma um trecho da justificativa do projeto.

Além do empréstimo, os vereadores analisaram um segundo projeto enviado pela prefeitura, que propõe a reorganização da estrutura administrativa do município. O plano inclui a criação de cinco novas secretarias e 75 novos cargos, abrangendo posições como secretários, superintendentes, chefes de gabinete e assessores.

O impacto financeiro da medida também foi apresentado. A previsão de gastos com os novos cargos é de R$ 17,7 milhões em 2025, R$ 21,9 milhões em 2026 e R$ 22,7 milhões em 2027. Apesar dos custos, a administração defende que a reestruturação visa melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços prestados à população.

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